Já vamos começar falando que quando a data foi estabelecida, ela foi reconhecida como “dia da luta contra a homofobia”. Com o passar do tempo, no entanto, entendemos que a luta envolve também outras expressões da sexualidade, como a transexualidade e a bissexualidade, por exemplo. Por isso, falamos em luta contra LGBTfobia.
O que é a LGBTfobia/ homofobia?
Uma rápida pesquisa no google sobre homofobia traz a definição de Oxford Languages que a homofobia é a “rejeição ou aversão ao homossexual ou à homossexualidade”. Ampliando o termo, podemos entender a LGBTfobia como a rejeição ou aversão à diversidade sexual ou ao que foge a heterossexualidade.
A LGBTfobia se manifesta de várias formas, através de agressões verbais, físicas, e até sexuais, além de violências psicológicas. A rejeição ou aversão pode ser tão intensa, que a violência pode chegar ao seu pior ponto, a tentativa de assassinato!
O Brasil é o país que mais comete violências contra LGBTs, com um número grande e crescente, mesmo sendo crime. Por isso é importante evidenciar e entender o que a data tem a dizer.
Dia da Luta contra LGBTfobia
A data da luta contra a homofobia ficou estabelecida em 1990. Neste ano a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade do CID (Código Internacional de Doenças). Esse foi um passo fundamental para deixarmos de enxergar a homossexualidade como uma doença. Além disso, somente em 2018 que a transexualidade passou a não ser mais doença. Nesta época era “comum” que alguns profissionais tentassem a “cura gay” algo que é repudiado atualmente, visto que “não há cura para o que não é doença”.
A data é um marco para a conscientização e uma forma de educar a sociedade para entender a diversidade sexual. Além disso, também é uma forma de combate ao preconceito e por consequência diminuir a violência com esse grupo. Com o passar do tempo o termo homofobia não contemplava todas as necessidades, portanto passou-se a adotar o termo “LGBTfobia”
Em 1990, era comum se referir e também encontrar termos como “homossexualismo”. Mas é importante salientar que o sufixo “ismo” atribui à palavra o conceito de doença, assim, o correto é usar o sufixo “-idade”, por exemplo: homossexualidade, bissexualidade e transexualidade.
O que podemos fazer para combater a LGBTfobia?
A educação sexual é muito importante. É uma forma para ajudar na conscientização e na educação das várias formas de expressão de sexualidade, sabendo que ela é um direito. A educação sexual é um recurso para transmitir informações de fontes seguras e com o objetivo de desmistificar, quebrar paradigmas. Além disso, também é uma aposta, em um futuro melhor, mais saudável, com mais tolerância e compreensão! E por falar em educação, neste texto fica a nossa contribuição na ampliação do conceito de homofobia para LGBTfobia.
A Aliança Nacional LGBTI+ e o Grupo Gay da Bahia fizeram um “Manual para evitar a violência LGBTIfóbica” com alguns cuidados que devem ser tomado se você é um LGBT. O último item do manual diz sobre a denúncia e já que a LGBTIfobia é crime, vamos deixar um trecho aqui em baixo retirado do manual para esclarecer o que deve ser feito em situações de violência, opressão ou movimentos suspeitos”
“Denuncie, registre – LGBTIfobia é crime! Em casos de movimentos suspeitos, alerte as pessoas, autoridades policiais, seguranças. Se for testemunha, fotografe ou filme sem se colocar em risco, até mesmo antes da situação ficar tensa. Denuncia para a polícia sempre e não deixe de registrar o boletim de ocorrência se você for vítima.”
Assunto denso, mas importante né?! Falar sobre esse tema também é uma forma de ajudar no trabalho de conscientização e acreditar em um futuro com mais igualdade! Inclusive, o dia do orgulho é uma data importante, mas se quiser saber mais você encontra no nosso blog um texto sobre ele O Dia do Orgulho LGBTQIA+: A origem e o significado.